sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Eu sei, mas não devia!

Adaptação do texto de Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia...

A gente se acostuma com a situação.

E quando a situação não muda, logo nos acostumamos com o mínimo.

E com medo de perder esse pouco, nos acostumamos a sermos subordinados.

E sermos subordinados nós faz esquecer do nosso crescimento.

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A gente se acostuma com o que deu pra comprar.

E porque não temos dinheiro pra comprar nada melhor, deixamos de cuidar do que temos.

E por deixar de cuidar do que temos, não damos valor a

o nosso próprio esforço.

E isso nós faz, mais uma vez, aceitar aquilo que nos é dado.

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A gente se acostuma a ver políticos corruptos.

E acostumados com a corrupção, não reivindicamos nossos direitos.

E esquecemos que um dia alguém reclamou para que hoje você tivesse esses direitos.

E não lembramos que por sermos omissos, quem sofrerá as conseqüências amanhã são nossos filhos e netos.

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A gente se acostuma à rotina.

A rotina nos faz esquecer dos detalhes que fazem a vida ter graça.

E nos acomodamos em nosso sofá vendo os mesmos programas.

Enqüanto isso, a vida passa, pára, olha pela janela de sua casa e vai embora, porque você já está doutrinado a viver assim.

Acostumados com essa prisão sem muros, os relacionamentos perdem o encanto. Você já não sabe como agradar sua namorada, não sai com sua esposa, não brinca com os filhos.

A rotina nos vicia a sermos amigos da televisão, a esposa/namorada a ser amiga do lar e os filhos a serem amigos do computador/videogame.

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A gente se acostuma a ter sua própria personalidade, não podemos aceitar influências.

E deixamos de ver bons filmes, ouvir músicas novas, conhecer novos lugares, fechamos nossa mente para o que achamos que é bom.

E por fecharmos nossa mente, conseqüentemente, diminuímos ou quase excluímos o nosso círculo de amigos.

E acostumados com as mesmas conversas, enjoamos.

E quando enjoamos, passamos a viver sós em nossos mundos.

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A gente se acostuma a dizer que acredita em Deus.

E aceitando essa idéia utópica, esquecemos que Ele nos criou para que fôssemos seu amigo.

E pedimos Sua atenção somente quando estamos em apuros

E depois do sufoco, esquecemos de novo.

Nos acostumamos com a idéia que Ele existe para nos socorrer... e só!

E, com o tempo, nos acostumamos com isso e acabamos deixando-O de lado

E Ele chora...

E quando alguém te lembra o quanto Ele te ama e sente saudade, nós repudiamos, porque antes de Deus vêm o amor pelo dinheiro que não pode encher o bolso do pastor.

E esquecemos que tudo o que fazemos ou alguém faça, será cobrado de suas mãos.

E sem Deus, passamos a viver sem amor.

E sem amor, nos divorciamos.

E com a separação, geramos traumas em nosso filhos.

E eles crescem assim.

Sem amor.

Sem correção.

Sem direção.

... Sem Deus!

A rotina nos acostuma...


A mim não!

por Danilo Barra

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